domingo, 29 de agosto de 2010

A HIENA E O PLAYMOBIL (Uma fabula Dantesca)

Era uma vez um Playmobil que veio de terras distantes. Caminhava sem saber pra onde ir e ao chegar a uma encruzilhada deu de cara com uma Hiena. A Hiena estava com um laço de fita cor de abóbora no pescoço e balançava o rabo chamando a atenção do Playmobil. Outra coisa que chamou a atenção do “Play” foi a risada da Hiena. Hiena ri, Hiena ri, Hiena ri... quero ver a Hiena dar sua risada... A Hiena ficou maravilhada com o “Play” pois ele falava línguas estrangeiras.
A estrada que a Hiena apresentava a ele tinha uma cor avermelhada. O céu para aquele lado tinha uma cor de fogo. Playmobil pensou que o dia seguinte seria lindo naquele lugar para onde resolveu ir acompanhando a Hiena. Ao entrar na estrada, deu tchau para seus amigos dos últimos anos de caminhada. Todos escolheram estradas mais frescas, com muitas árvores frondosas.
Playmobil não era “articulado” como o Ken ou G.I. Joe, mas assim mesmo impressionou a Hiena que na verdade até então só tinha convivido com seu bando e colecionado carniça. Juntos seguiram na estrada que cada vez ficava com a terra mais avermelhada e quente. Play não tentou voltar atrás pois estava encantado com a risada da Hiena, mas percebeu que no momento em que decidiu tomar aquela estrada não teria volta. Ele seguia a Hiena com seu cigarro na mão e seus poucos pertences num saco amarrado na ponta de um bambu. Ouviu o barulho de uma locomotiva ao longe e lembrou-se do tempo em que era criança e ficava sentado na linha do trem. Ao passarem por algumas carcaças de animais, não percebia que a Hiena olhava de soslaio, disfarçando logo após.
Quando chegou a terra da Hiena, Play só encontrou carniças e outras hienas disputando e devorando o que sobrava dos corpos de outros animais. Se sentiu sozinho, mas não tinha volta. Ao se sentar num bar, encontrou Robert Johnson tocando um blues. Os dois se entreolharam e se entenderam. Brindaram com um whisky à morte, pois era disso que vivia sua companheira. Ao olhar pela janela viu seu amor Hiena, com seu laço de fita cor de abóbora e seu rabo balançando, dilacerando os restos de um animal. Isso seria o que veria para sempre na sua vida... Naquela terra era só o que encontraria, restos de carniça. Foi aí que a Hiena riu. E o Playmobil acendeu um cigarro enquanto via Hiena dar sua risada.

sábado, 7 de agosto de 2010

Entre sussurros por ai...


Na vida a gente sempre pode achar alguma graça nas coisas, mesmo em tempos ruins... Foram várias situações cômicas nos últimos tempos, mesmo que entre trágicos acontecimentos e desvairados abusos de poder. Fazer campana é cômico, mas se a gente se traveste para fazê-la, pode se tornar ainda mais cômico. No entanto o que ficou para a história foi o diálogo entre a insinuante mocinha parda e seu aspone. Além de deixar qualquer donzela corada, imagino que tenha aumentado consideravelmente a galhada já imensa na cabeça da desvairada companheira.